Qual rumo daremos à História?

Vivemos um dos períodos mais ricos e desafiadores do nosso planeta, talvez o mais rico e desafiador de todos, tendo em vista que neste exato momento de sua História o homem alcançou um patamar tecnológico que lhe permite conectar-se a cada um de seus semelhantes, ou com nenhum, caso ocorra uma pane massiva na distribuição de energia, por exemplo. Estamos, virtualmente, na fronteira entre a idade da luz e a idade da treva.

Para qualquer lado que se olhe, o que vemos são sociedades em ebulição. Nos costumes contestados, nos comportamentos em mutação, na autoridade desafiada, tudo superdimensionado por esse fluxo frenético de informações e desinformações online, como se estivéssemos em pleno caos. E estamos. Sempre estivemos, nunca deixamos de estar mergulhados no caos. A diferença é que hoje, neste exato instante, cada vez mais gente se dá conta disto.

Viver é caótico e por isso inventamos a religião, para que cada um, na latitude e longitude da sua existência solitária tenha a que se apegar e recorrer em busca de conforto. A riqueza deste período em que já podemos nos ver (e vemos) como um simples ponto perdido no cosmo, o desafio que se impõe, neste momento, está claro: trata-se da nossa responsabilidade intransferível e humanamente terrena de agir em prol da construção do nosso destino. Isso está posto desde o princípio. A diferença, aqui e agora, é que ninguém mais pode alegar descompromisso com o rumo da História.

Todas as violências estão expostas, inclusive aquelas que as pessoas infligem a elas mesmas, quando, contrariando o sentimento natural de justiça e solidariedade da nossa espécie, para aplacar frustrações despejam ódio contra seus iguais. Estamos vendo isso no Oriente, na Europa, nas Américas e, em particular, em nosso Brasil. O que eu quero para o mundo? Esta pergunta está posta e todos, sem exceção, e todos a estamos respondendo com nossos atos.

Texto produzido em 21/09/2016