O volume vivo do Brasil

Alguém já disse que a reeleição de Dilma Rousseff à Presidência do Brasil foi um feito magnífico.  Foi, sim. Já entrou para a História e muitas lições podem ser tiradas desse marcante episódio.

Tivemos escancarados os comportamentos humanos mais vis, praticados por pessoas que supúnhamos bem-educadas, porque pertencentes a estratos privilegiados da sociedade.

Tivemos pronunciamentos execráveis de homens públicos, mas perfeitamente coerentes com a história de seus autores. Como este do sr. Fernando Henrique Cardoso:  "O PT está fincado nos menos informados, que coincide de ser os mais pobres".

Tivemos, como sempre, a atuação criminosa de amplos setores da 'grande' imprensa, com destaque para uma revista semanal que às vésperas do 2º turno tentou perpetrar um golpe de estado. E pelo qual já deveria ter sido fechada pela Justiça.

Tivemos, cada um de nós, amigos — ou pessoas não tão amigas, mas que respeitávamos como cidadãos de boa índole — que, de repente, encontrávamos nas ruas e se mostravam transmutados em zumbis agressivos, subitamente idiotizados por slogans vazios e falsas verdades.

Tivemos a transformação das redes sociais numa cloaca de manifestações racistas, preconceituosas, violentas. Tivemos tudo de ruim advindo de seres humanos, grupos sociais, lideranças políticas, ídolos populares. Em especial nos 40 dias que antecederam estas eleições.

Tivemos o cão nas ruas e na cabeça das pessoas. Mas tivemos, finalmente, a vitória do volume vivo do Brasil. Aquele que não seca porque provém da nascente inesgotável da verdade. A qual está fincada no coração e na mente de quem não perde o contato com o real.

Viva o Brasil. Viva o povo brasileiro.

Texto produzido em 29/10/2014