O que queremos? Liberdade!

Um Brasil mais solidário, socialmente justo, distributivo, tolerante, esperançoso e realizador, como um pouco foi experimentado durante os governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, tem seus alicerces fincados em nossa (humana) atávica necessidade por liberdade.

Posto em relevo pela cultura grega, em especial nas guerras contra os persas, o sentimento de liberdade revelou-se a grande força construtora da alma combativa, perseverante, cooperativa e democrática.

O que estamos perdendo hoje, em nosso País, é exatamente isto: o direito de manter a liberdade.

Nos anos 60 do século passado, uma juventude vinda do pós-II Guerra, formada a partir da cultura libertária resultante da luta contra o nazi-fascismo, imediatamente entendeu o sentido da opressão institucionalizada pelo golpe militar e a ela reagiu com ímpeto, bravura e generosidade.

Perdeu a luta, mas manteve viva a chama da liberdade, disseminando-a gradativamente a outros segmentos sociais, até que se esgotasse a força daquela ditadura.

Neste começo do século XXI, o mundo está diferente. A cultura dominante é o individualismo ególatra, que se desdobra em acumulação, posse desmedida, controle sobre tudo e sobre todos.

E, no entanto, lá no fundo da nossa psiquê está a necessidade de sermos livres.

É pela liberdade que vivemos.

Ela é a bandeira que empunhamos, a luz que esclarece, o norte que vislumbramos...

A vida humana só tem sentido com liberdade.

Texto produzido em 11/03/2018