Não estamos aqui a passeio

"No passado, seriam golpes militares. Não é o caso, não é desejável nem se veem sinais. Resta, portanto, a Justiça. Que ela leve adiante a purga; que não se ponham obstáculos insuperáveis ao juiz, aos procuradores, delegados ou à mídia. Que tenham a ousadia de chegar até aos mais altos hierarcas."

O manifesto à insensatez acima é de autoria de Fernando Henrique Cardoso, que uma vez foi Presidente do Brasil, mas, hoje está provado, o cargo não honrou. E não honrou porque, em verdade, não honra nada. Não honra sua história. Não honra as ideias humanistas que um dia alega ter tido. Não honra os valores e o futuro do país em que nasceu. Não honra sequer sua condição de ser humano.

Nada a lamentar. Os seres medíocres são assim mesmo, um dia acabam se revelando em toda a sua insignificância. 

Nada a temer, igualmente. 

Que os inimigos da verdade, os aventureiros de todos os tempos, os farsantes, os ignóbeis, que todos esses e tantos outros crápulas travestidos de sérios senhores e senhoras venham a público, como estão vindo. Que se apresentem em toda a sua inteireza (ou falta dela), como já vêm fazendo.

A "purga" acima pedida pelo desprezível sujeito está, na verdade, em pleno curso. Suas manifestações e atos são prova disto. E ele, cego pela vaidade, não se apercebe de que é uma das principais personagens da exposição intestinal que já começou. Essa pessoa, cujo nome é desnecessário repetir, mede a todos a partir de sua falta de caráter... Julga que, como ele, estamos aqui a passeio.

Texto produzido em 5/02/2015