Filosofia para todos, urgente!

Ao longo de 2013, quando estava escrevendo o trabalho em progresso a que denominei "Do que se fazem as salsichas", afinal publicado no ambiente virtual em 2014, com posteriores atualizações — embora até este momento nunca comprado, sequer lido, o que não me preocupa, digo logo — escrevi dois textos: "Filosofia sem medo" e "A Filosofia é o motor da mudança".

As ideias ali expostas me parecem fundamentais e merecem ser novamente divulgadas e reivindicadas, pois nos encontramos em meio a um inédito retrocesso civilizatório, no Brasil e no mundo.

É sabido (ou parece) que a vida, desde sempre, é uma eterna sopa dialética hegeliana, onde de sínteses brotam novas teses, que levam a antíteses e daí a novas sínteses, empurrando-nos para algum ponto que desconhecemos. Ainda bem...

Neste momento histórico de desagregação em que estamos, se quisermos ser sensatos é melhor pouco ou nada esperar das instituições construídas a partir dos séculos XV e XVI, quando a ideia de Estado foi pela primeira vez formulada, em oposição à — digamos assim — bagunça que reinou na Idade Média.

Esses Estados e suas instituições continuarão aí, fazendo de conta que servem ao interesse geral dos cidadãos de cada país, mas não tenhamos ilusões, a bola está de novo e sempre nas mãos das pessoas, dos seres humanos, de cada um de nós.

Se a escola não é capaz de ensinar às crianças o que é liberdade, não é capaz de estimular sua criatividade, não é capaz de instigar sua curiosidade, de fortalecer seus conceitos éticos e prepará-las para a beleza da vida, cabe a nós esta tarefa.

É simples assim.

Texto produzido em 14/10/2016