Feita essa constatação -- a de que o lixo é um problema social importante e sua solução, inadiável --, o próximo passo é elaborar um planejamento estratégico para se alcançar o 'objetivo maior', qual seja, modificar os hábitos inadequados das pessoais, o que, última análise, resultará numa mudança cultural com reflexos positivos sobre outras práticas igualmente danosas.
Esse planejamento estratégico deve, primeiramente, cuidar de fixar em lei aquele 'objetivo maior', atribuindo obrigações e metas a serem cumpridas pelas diferentes esferas de poder -- federal, estadual, municipal. A busca do consenso político para se aprovar essa lei é o primeiro desafio, ainda mais porque, como se trata de um processo em construção, as metas originais devem ser periodicamente avaliadas e ajustadas.
Para que os ajustes periódicos ocorram, é preciso que a lei preveja a constituição de um Conselho permanente sobre o descarte de lixo, formado por representantes da sociedade civil e dos três poderes (executivo, legislativo, judiciário), destinado não apenas a promover as correções de rota e ritmo que se fizerem necessárias, mas também a derrubar as barreiras impostas ao processo por interesses de seus adversários. Texto III
Texto produzido em 17/02/2018