O 'caminho suave' da real Educação

Por que o currículo escolar básico não pode se dedicar, com prioridade, ao estudo do Homem Cósmico, o Corpo Humano, o Sono e o Sonho do Homem? Ou, ainda, a essa questão fundamental para a formação da nossa espécie, que é a constituição das Relações Humanas de Poder?

Estamos perdendo tempo, senhoras e senhores.

História, Geografia, Língua Portuguesa, por exemplo, são meios, ferramentas, instrumentos de aprendizagem do mundo, e não um FIM em si mesmas. E, como MEIOS para conhecer o mundo, devem ser utilizadas para nos aprofundarmos naquilo que realmente importa: o nosso lugar no Universo.

O processo de formação educacional está de cabeça para baixo.

Estamos nos dedicando a dissecar as coisas, ao invés de buscar entender o seu contexto, a sua holística.

Pode-se admitir esse erro na Idade Média.

Podemos compreendê-lo até mesmo na Idade Moderna.

Mas não podemos aceitá-lo agora, nesta idade cibernética, quântica, digital.

Branca Alves de Lima revolucionou o ensino da Língua Portuguesa, em 1948, com o lançamento de sua cartilha "Caminho Suave". De forma simples, associando imagens a letras, ela conquistou a atenção das crianças e, ao longo de 50 anos, seu método alfabetizou mais de 40 milhões de pessoas, sendo ainda hoje utilizado com êxito, apesar da imposição de um tal construtivismo em 1998, durante o governo entreguista de um tal Fernando Henrique Cardoso.

Precisamos hoje de um gênio com a visão de Branca Alves. Com a capacidade de simplificar, ao invés de complexificar.

As pessoas precisam se dedicar ao que é essencial, e não ao que é secundário, complementar, adicional.

Temos de ter sensibilidade para compreender os anseios do nosso tempo.

O 'caminho suave' do século XXI é o estudo do homem como FIM.

Texto produzido em 4/11/2017