A luta é titânica

Não sei quanto mais mergulharemos neste abismo de degradações que é o atual sistema de poder dominante no Brasil (e em tantos outros países). Tenho pra mim que ainda levará algum tempo, até que se constitua uma real massa crítica capaz de levantar-se contra o atual processo anti-civilizatório que nos domina.

É a isto que me refiro quando digo que é impossível cavalgar o Caos.

O que nos resta a fazer, contra esse processo obscurantista, é o que já vem sendo feito por muitos: a denúncia permanente, a resistência "altiva e ativa" (como diria o chanceler Celso Amorim) e o contra-discurso em prol da racionalidade, tudo com vistas à construção de pontes rumo à mente dessas milhões de pessoas idiotizadas pelas redes sociais.

E as ferramentas para a realização deste trabalho são exatamente as mesmas de que a extrema-direita doente e burra lançou mão para produzir o seu avanço nos últimos anos. Ou seja, não podemos renegar a tecnologia da comunicação teledigital.

Ao contrário: devemos usá-la para promover o esclarecimento diuturno, incansável, repetido e replicado de mil modos e maneiras, até que se rompam as barreiras psicológicas implantadas nas mentes fragilizadas dessa massa de manobra criada e sustentada pelo extremismo obscurantista financeiro-neopentecostal.

É titânica, a luta que se trava neste momento da História da civilização. Ninguém está brincando, pois o que temos em jogo é, verdadeiramente, o futuro deste planeta. O que temos em jogo é a escolha entre todos caminharmos juntos rumo à construção de uma saída coletiva, criativa, soberana, duradoura, ou deixarmos que se estabeleça uma solução elitizada e excludente.

A primeira opção é civilizatória.

A segunda é barbárica.