A morte da Marisa

Muito se disse e se fez, nos últimos dias, desde que dona Marisa Letícia deu entrada no hospital, vítima de AVC.

Muito de solidariedade, de demonstrações de empatia com a dor da família, mas também muito, excessivamente muito, demais! de ódio movido pela ignorância, incompreensão e desumanidade de parcelas da sociedade.

Acabou de morrer a primeira vítima destes tempos sombrios em que estamos mergulhados!

Não morreu de causas naturais.

Foi executada pelo sistema judicial-político-midiático que nos governa desde sempre e, nos últimos 12 meses, totalmente nos governa.

O Brasil não tem pena de morte institucionalizada (como, de resto, a maioria das nações civilizadas), mas tem pena de morte induzida, estimulada, consumada no assassinato diário de jovens das periferias, de pobres sem oportunidades e de todos esses e essas que ousam sublevar-se contra as milenares, eternas, óbvias injustiças de cada época.

Dona Marisa, com o suporte emocional proporcionado, por todos esses anos, ao ser humano Luiz Inácio Lula da Silva, foi uma dessas combatentes desassombradas. Dessas combatentes que estão acima da mediocridade de sua época; e ainda mais desta época tão mediocremente medíocre em que estamos a viver.

DESCANSE EM PAZ, dona MARISA!
     
Aqui, a luta continua.

Texto produzido em 2/02/2017