Não podemos negligenciar nossas relações familiares, nem nossa condição de cidadãos.
Temos o compromisso e o dever de lutar pelo nosso bem-estar e o de nossos ascendentes e descendentes, de defender os nossos direitos e os direitos dos próximos, e de trabalhar pelo aprimoramento das relações sociais do lugar onde nascemos e/ou escolhemos para viver.
Se estivermos atentos a esses compromissos e deveres, sem lamúrias, mas com ações e práticas efetivas, quase todo o caminho já terá sido percorrido.
Não há ser humano que, tendo sido capaz de entender seu lugar no mundo, deixe de dar o passo seguinte e definitivo, qual seja o da conquista de sua consciência cósmica e da autoconstrução de sua maioridade.
As dores físicas não deixarão de existir.
O inesperado não poderá ser detido.
O acaso será incontornável.
Todas as nossas limitações humanas, enfim, estarão presentes nesta vida finita que recebemos ao nascer.
A diferença é que, adquirida a maioridade e a consciência cósmica, cada qual tomará para si a condução da sua vida e saberá, com mais razão e acerto, praticar o princípio soberano "de cada um, segundo sua capacidade; a cada um, segundo suas necessidades".
Não há atalhos para esse futuro.
É imperativo que ele seja construído antes pelo conjunto dos integrantes da nossa espécie.
Essa é a principal tarefa educativa DESTE momento.
Texto produzido em 24/10/2017