A direita assumiu o poder. E agora?

OK, senhoras e senhores, é 2017 e um novo jogo começa a ser jogado. A direita pura, 'branca', está no poder, em todos os quadrantes nacionais e no internacional que importa, os Estados Unidos da América.

De cabo a rabo, no Brasil, a conta passa a ser paga por essa trupe de malfeitores que derrubou Dilma Rousseff (ou trabalhou pela derrubada) e se ocupa, febrilmente, em neutralizar Luiz Inácio Lula da Silva.

Como não possui projeto factível de poder — e nem poderia, porque o mundo avançou enormemente em conquistas sociais, a ponto dessas conquistas terem se incorporado ao patrimônio íntimo, psíquico das pessoas —, como não tem projeto de poder factível, repito, a não ser aquele de tão-somente conquistá-lo, a direita está agora na vitrine.

Na vitrine e exposta ao julgamento daqueles que, sabemos, ela vinha iludindo ao longo dos últimos anos, culminando com esse 2016 que enfim terminou.

Alguém já disse que as pessoas não vivem na União, nem mesmo nos Estados — elas vivem nos municípios, nas cidades constituídas por um aglomerado de comunidades, cada uma com suas carências e todas credoras das expectativas criadas pela direita que venceu as eleições, de Norte a Sul do país, da forma esmagadora.

Milhares de Temeres estão exatamente hoje iniciando, ou reiniciando, seus mandatos. Agora sob os auspícios de um governo central devastado, devastação esta que em muitíssimos casos já inviabilizam suas administrações locais. Ou seja, a dos municípios, aqueles lugares onde as pessoas de fato vivem.

O direita ganhou uma batalha, mas perderá a guerra. E esta apenas começou.

No Brasil, preparem-se.

Já no plano internacional, daqui a pouco o Trump vai descobrir que virou Presidente da nação mais poderosa do planeta. Não se sabe, ainda, como ele reagirá a essa súbita revelação.

Texto produzido em 3/01/2017