Os passos da autoconstrução do ser humano

A afirmação da cidadania é o segundo passo — este consciente — da autoconstrução do ser humano. Sim, porque o primeiro passo — o nosso nascimento — independe da vontade de cada um que é trazido ao mundo. Nestes dias conturbados em que vivemos, em todo o planeta (conturbados, mas extremamente ricos de possibilidades), multiplicam-se exemplos de afirmação cidadã, em especial por parte de jovens.

Temos os que se posicionam com coragem perante aos desafios enfrentados em seus países, sendo portadores da esperança de suas gerações. É o caso da jovem brasileira Ana Julia, ao se pronunciar diante dos deputados da Assembléia Legislativa do Paraná, Brasil — veja o seu vídeo AQUI.

E temos o exemplo da menina nigeriana fugida das atrocidades dos terroristas do Boko Haram. Seu nome é Juliette e sua luta e esperança são pelo básico: o direito à vida — veja AQUI o seu curto depoimento.

O passo da cidadania é talvez o mais difícil de ser dado, pois implica em assumir a decisão de romper. De se rebelar contra o conformismo, como fez Ana Julia e fazem seus companheiros estudantes; de superar o medo e negar-se a ser morta, como fez Juliette e fazem tantos outros refugiados mundo afora.

Para esses cidadãos assumidos, o terceiro passo da sua autoconstrução como seres humanos — a consciência de que habitam um planeta e integram o cosmos — é um caminho mais do que natural e inevitável.

Texto produzido em 27/10/2016