A farsa tem de ser exposta. Como?

A conclusão realista é de que, apesar da revolta e indignação de tantos, no Brasil e mundo afora, a condenação de Luiz Inácio Lula da Silva em todas as instâncias já está decretada. E sua prisão deve acontecer, mais cedo ou mais tarde.

Não se trata, nunca se tratou, de um legítimo processo judicial.

Nem mesmo de um julgamento de exceção.

É na verdade um não-julgamento, uma corrupção da lei, exercitada com método e disciplina.

Uma anti-obra de arte de canalhice coletiva e institucionalizada.

Uma infâmia exposta, praticada à vista de todos.
  
Não interessam provas, nem argumentos lógicos de defesa.

Nenhum recurso será concedido.

Nada que possa, mesmo de longe, beneficiar Lula será admitido.

Supremo Tribunal Federal? Esqueçam!

Até uma possível condenação do Brasil pela Comissão de Direitos Humanos da ONU, no processo contra as perseguições a Lula, será solenemente ignorada pelo Judiciário, pelo Executivo, pelo Legislativo nacionais. Vocês acham que Carmen Lúcia, Michel Temer, Rodrigo Maia estão preocupados com isso?

Estamos, todos, imersos numa grande farsa.

Fingimos acreditar que um dia, em alguma instância, a razão e a justiça prevalecerão, enquanto os 'podres poderosos' avançam. Céleres e cínicos.

Revolta? Sangue nas ruas em defesa de Lula e do País que está em franca destruição?

Esqueçam!

Quanto a Lula, só vejo uma saída: denunciar a farsa ao mundo, retirar os recursos em andamento, suspender sua defesa em todos os processos. Negar-se a legitimar essa palhaçada.

Lula, você é um cara sério, tem uma história, tem um legado, tem o reconhecimento do povo.

Seus acusadores e detratores são o lixo moral. O que diferencia um Leo Pinheiro de um Moro?

O mundo todo já sabe que você é vítima de um crime judical-midiático patrocinado por corporações internacionais, associadas a seus capachos brasileiros.

Pare de se debater.

Gandhi mostrou o caminho.

Texto produzido em 30/01/2018